Testemunho de Dor

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Claro, agradecimentos, claro, aos deuses e à terra Gaia na sua grandiosidade e framboesinha da alma junto com patinho de sabão do espírito, porque tudo tem um motivo!
Ah claro, porque o teu sofrimento, ó bestinha humana arrogante, tem um motivo, dado a tua grandiosa importância!
Coitadinha de mim que me queixo, mas se calhar a tua natureza era levares com um cotovelo meu pelo teu nariz adentro até ficar com esguichos de sangue e matéria cinzenta espalhados na minha cara.
Meto-te nojo? Engraçado, não me lembro de teres achado nojento rebentares-me o cú com a tua pila nojenta. Então e quando fodias os meus amigos quando eles eram apenas crianças inocentes? Quando lhes rebentaste o cú deles e a merda deles ainda aprisionada no intestino se misturava com o sangue imenso?
Não tiveste nojo de ti mesmo?
Fico curiosa. Não há palavras para descrever o ódio que te tenho. É imundo. E é um ódio fecundo. Reproduz-se nos outros.
Quando me fodeste, não rebentaste só o meu cú. Rebentaste também todos os limites que tinha. Sem eles ando entre a morte e a vida, sem ter que ter qualquer equílibrio, sem sequer o procurar. Procuro foder-me toda! Como tu me fodeste! Sabes, até já não ter mais pulso nem braço para espetar a agulha, até ter o braço tão mordido que já não o consiga mexer, já não ter mais número de emergência para onde ligar, nenhum motivo para não saltar da ponte. Ir tão rápido e sem capacete até ao ponto de perder o controlo absoluto e espetar-me do viaduto abaixo, matar cinco pessoas pelo caminho... matar as crianças dos outros com gozo com prazer. Matar um outro qualquer aliatório porque se cruza no meu caminho. OH SIM O GRANDE MISTÉRIO DA MÃE GAIA. Provém todos enxofre. Morram atropelados na vossa merda.
Não há nenhum tipo de beleza na dor. Os gregos estavam enganados.
Desejo-vos a todos mal. Morram de dor e desgosto, percam-se no sangue dos que amam.
Não tenho nenhuma mensagem de esperança para a humanidade. Só os suícidas podem ter a mensagem de esperança que todos procuram. Só há esperança na morte e no intervalo da vida. Eu sei, eu já lá estive várias vezes...Quero foder Gaia no cú com uma motosserra e fazê-la engolir a lua. E vê-la a explodir em mil pedaçinhos. Pedaçinhos dos vossos filhos.
Nunca vou ter um trabalho.
Um curso.
Algo acabado.
Uma vida.
Amor.

Obrigada por me teres dado todos os demónios do mundo pelo meu cú violado.

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