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Os pingos de água caem doces sobre o meu corpo. Um Suave aroma de Algo inóspito (Sim, porque alguns de nós não podem ser cerebrais – mas calculam cada passo com mais cuidado que o anterior com uma consciência inconsciente, como num sonho…) desconhecido, de uma verdade que talvez não possa esconder, desprende-se de um livro ou arranha-se na minha pele. Eu sinto tudo. Uma memória de algo que gostaria de ter sido eterno e seguro. Gostaria? Mas aí estão dois conceitos puramente ideais para as alminhas que os anseiam possuir. Fingir hoje o que não seremos amanhã, para sempre negarmos a nossa essência, seja ela qual for. Para o renascimento de nós, para a moldagem perfeita… Olho para ti e creio ser capaz de melhorar o projecto, vejo o padrão, o caminho. Como um tabuleiro de jogo, eu adivinho-te as casas onde perdeste, talvez muito, e registo-as atentamente na minha Memória. Será possível, no entanto, evitar o inevitável? Será que a Grande Espiral mo permitirá, a certo ponto? Melhorar o meu padrão de caminho…E o teu? Escapa-se como um fio de areia entre os dedos. Areia de uma praia imaginária na ilha dos mortos. (Afinal o Eterno não existe? Bolinhas de sabão? Borboletas azuis?) Mortos cujos sinais ficaram impressos em vivos que lhes eram talvez estranhos. (Quantas energias carrego comigo?) Quem são aqueles que navegam entre portos com a amizade e a cumplicidade de Creonte? Quem somos nós? Pequenos diabos que brincam com tesouras, com uma infantil inocência, apenas descrita pela sagacidade de alguns poetas? Anjos porém caídos, fora da graça divina de algum Sol que é tão iluminador que cega o visionário? Mensageiros? Mas de quem, dos que chegam ou dos que já estão? De que parte desse mundo? Humanos? Carne? Teremos filhos e vidas, teremos amigos, choraremos por aqueles que nos são mais queridos, deixaremos verter esse cunho de coração que vai ficando retido, numa espécie de consciência, de noção mais apurada de algo que tem que ser feito – e é indefinível -? Será que a vida vai passar por nós como um comboio incontrolável? Ou iremos nós no comboio, a conduzi-lo? Qual será a probabilidade disso? Um abraço pode esmagar vontades. Um beijo pode arrancar lágrimas. Um toque pode ser proibido – e é por isso tão apetecido? Eu não tenho um coração, tenho um monstro. Alimentado pela desilusão que esperou a carne. Será que despertou em mim ou nasceu desperto e foi-me comendo viva, por dentro? E porque não lamento eu isso? Porque é que tudo fica em perfeito equilíbrio quando a sua vontade se cumpre? De quem são estes desejos? Será que Ela ambiciona um percurso, e eu apenas ambiciono ir percorrendo? Serei eu sempre frágil, sempre a filha que vive na obscuridade do seio da Mãe( da sua essência)? Onde estão os meus sonhos? O meu sonho tornou-se satisfazê-la. Fazê-lo leva o comboio por paisagens belas, esplêndidas. Mas não sou eu que o comando. Todo o universo fica em perfeito equilíbrio, todos os meus passos me orgulham e me dão prazer. Porque ainda somos duas. E uma de nós é uma criança. Vejo duas linhas que formam um V, que contigo trazes para todo o lado. Tudo crias – crias quase sem controlo, pares tantos filhos que não lhes vês o paradeiro – e este é o elogio mais digno e mais verdadeiro que eu te posso fazer enquanto femme. Vais existindo, imprimindo-te. E já estás impresso, e crês-te algo que não és?
Uma inesquecível partilha comparável apenas à partilha do esperar nada – o niilismo puro que nos faz transformar em Fénix a cada momento. Porquê lamentá-lo por preceitos da organização carnal? Algo muito longo está para se iniciar. Porque a dimensão temporal está a alterar a sua forma. Ou será mero prazer?

Confias em Nós?

Aqui o Monstro nunca és tu.

Skin

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Quase lá chegaste com as tuas tentativas meio dotadas de coração.
Passaste parte do teste e falhaste o resto.
Pelas coisas que sabes, também sabes meio sem coração.
Juntas-te a festas de homícidios colectivos porque ouviste algures que era fixe.
É aí que a diversão acaba. É aí que acaba a diversão.
É quando as pessoas que julgavas tuas amigas te viram as costas de repente.

Então tenho que respirar por um momento.
Antes que destrua a impressão com a minha expressão confusa.
Porque eu sei porque faço o que faço.
Talvez possa causar uma situação ou uma reacção excessiva tua.

E talvez seja o que eu quero fazer.
Trazer-te.
Tentar abanar-te.
Cortar com os teus hábitos.
Consegues sentir-me?
Consegues ouvir-me?
Consegues olhar para dentro e ver o que está por detrás da pele desta vez?

E se eu pensasse que tu podias, tu não estarias aqui.
E se eu pensasse que podia, não estaria perdida em lágrimas.
Talvez seja melhor ideia esconder-me atrás de um sorriso.

Conta histórias radicais dos nossos tempos gloriosos.
Comete os mesmos erros que cometemos ontem.

Mas tu ainda tentas alimentar a obsessão com o que outros possuem.
Tenta evitar todas as questões.
Porque sabes como é que o mundo trata as pessoas do teu género.
Durarias o suficiente para fazer parte de um melhor modelo de humanidade.

Estou a abrir os olhos,
O teu tempo está a acabar - para fazeres uma escolha.
O que vais fazer quando se acabar?
Como esperas continuar sem voz?
Levas o que precisas de quem precisas.
Dizes coisas que sabes que importam.
Achas que serás uma pessoa melhor no fim.
Eu acho que precisas de um bocadinho de sensatez.


Nonpoint - skin

A minha banda predilecta dos 15 :P

A Úrsula é a minha heroína muahahahahah

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Super Teatro - Que seja bem conseguido...

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Fucking awesome...O.O

Awalim -Quando o ritual se encontra com o tribal

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Coloured - Leandra - Para todas as nossas facetas mais infantis e mais desfeitas :)

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Die, Die, Die

Remember, Do You
Do You Remember
As You Flew Around The Corner On A Flying Carpet
As I Woke, I Woke Up
In This Dreamless Metabolic Forest

Die, Die, Die

Then There Was Your Cup Of Ideas
I Thought You Were Intented For Advices, For Advices
From Wheresoever
And I Dropped My Volition
And You See
What Comes Out
What Comes Out
When We Hypnotize Our Whatever
Whatever It Is Meant To Be

Your Dream Is Not Coloured
I Think You Should Get Back In Time
Your Dream Is Not Coloured
You?ve Never Ordered Me To Draw A Line
Your Dream Is Not Covered
I?ll Get You Neither A Pillow Nor A Blanket To Define

Die, Die, Die

Then There Was A Light
And What A Monkey Business
A Monkey Business
From Wheresoever
I Dropped My Voice
And You See What Comes Out
What Comes Out
And You See What Comes Out
What Comes Out
When We

Your Dream Is Not Coloured
I Think You Should Get Back In Time
Your Dream Is Not Coloured
You?ve Never Ordered Me To Draw A Line
Your Dream Is Not Covered
I?ll Get You Neither A Pillow Nor A Blanket To Define
Your Dream Is Not Coloured
So Give Me The Finest Paintbrush Dived
In Sweeping Shine
The Finest Paintbrush Dived In Sweeping Shine

Die, Die, Die

Presents from the Inside

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E lá estava eu, nas muralhas de Óbidos, num universo paralelo à realidade onde estava. Quem era eu e que caminhos trilhava, a seriedade da mudança abrupta de ciclo que iria sofrer nos próximos meses, a certeza de que era o ínicio do fim, o vestido esvoaçante e o cabelo loiro preso numa trança. O que vinha aí, nem os demónios conseguiam olhar de frente. E por tudo isso teria eu que passar. Oh a mudança, a destruíção do contexto é algo que se paga caro com o desíquilibrio. Mas no entanto é extremamente necessário à fruição artística.
Era julho de 2009...

e a minha banda sonora era esta:

"Poesias Caóticas"

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VI - Existência Circular, Maturidade e Equílibrio

União

O céu e a terra estão a fazer amor furiosamente, como nós não fizemos. O céu troveja, em ásperos gemidos de prazer,só traduzidos pela gematria de certos encontros tórridos e mesmo assim, luxuriantes.
Explode e desponta o alívio pleno do céu ao expurgar a sua mágica concepção fértil na terra, que geme (quase um suspiro doce,ambicioso, feminil e suave). A terra fica húmida, o musgo desenha pequenas gotinhas de suor, a femea desejando a pujança mascúla do céu. E eis que caem milhares de sementes de céu, jorradas do seu horrendo trovejar.
A terra fica extasiada, coberta da fulminante mitraica essência do céu. Espoja-se, contrai os lábios de prazer, sente-se orgulhosa e senhora de si. Estira-se com o esperma divino. Murmura-se. E eis que subitamente, abranda, até desaparecer, as nuvens voarem para longe, tu fechares a porta do carro, e ficar um lindo dia de Primavera, outra vez...



Carnaval, 2011

O que ando a fazer

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Agora estou por aqui na meia via, a planear alguns projectos que estão em estado embrionário e vou participar no coro báquico nesta peça:

"Auto do Lume Brando", no Teatro D. Maria Noémia, na Meia Via.

Dia 21 e 22 de Maio, pelas 21.30h
Bilhete 5€


Vai ser uma noite curiosa, esperamos trazer alguma beleza, tragédia, sonho e lirismo à Vossa Realidade mundana. Venham ver-nos, os que de vós se entediarem com a realidade e tenham essa possibilidade!

O que tenho andado a fazer

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Pois é, meus caros leitores, prometo não começar mais nenhum post por "Pois é".


Andei pela Feira Medieval de Torres Novas, para os que assim o desejam conhecer (Estive como bruxa no dia 1, meretriz e também dancei para ver gravava uns videozitos...)

...Concorri ao concurso de curtas metragens do metro de Lisboa...


Montes de Aventuras.


Fica aí o projecto do metro:


A dançar: