Os demónios de Macbeth

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Nota Inicial: Dou a minha opinião como espectadora ingénua, porque sei ou desconfio que esta peça já esteve em exibição algumas vezes (ou muitas, não sei).

A aproximação ao texto "Macbeth" torna-se muito atractiva, muito pessoal e subjectiva: a peça está extremamente bem planeada do ponto de vista estético e intelectual e do ponto de vista da capacidade visionária da montagem do espectáculo. Dar-lhe-ia um 19 em 20 (mas também porque me motivam imenso os ditos "clássicos"). E não daria o 20 apenas porque a minha tendência perfeccionista me condiciona a afirmar que me parece que poderiam ser adicionados mais alguns elementos ao espectáculo. Mas também é uma opinião tendenciosa já que o minimalismo não me fascina. É uma peça desafiante, interactiva, complexa, simultaneamente simples, perturbante. Coloca sobre nós uma atmosfera negra e vacilante, caótica e expectante, lança-nos aos nossos próprios demónios, vai ainda mais longe que o soberbo texto de Macbeth. Que muito pode ter de demoníaco, certamente. Estabelece uma relação íntima com o espectador motivando-o a ligar-se com Shakespeare, orientando-o para o drama de Macbeth. A interpretação de Elsa Valentim é inspirada e inspirtante, como uma aura de luz negra que recai sobre a pessoa por detrás da máscara. Ou serão isto apenas impressões de uma (ingénua) especdadora (positivamente) impressionada?


Sem dúvida que esta peça merece ser vista, como parte integrante da formação cultural de um cidadão (ou seja: RECOMENDO A TODOS.)

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