"Poesias Caóticas"

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II - Viagem ao Futuro: Setembro

Virá setembro, juncado de abandono. Virá uma nova forma de me prender aqui, virão novas capacidades. Virá um acidente. Virá o culminar de isto que vivo agora. Virá pão para pobres, mas pão bolorento e inútil. Virão falsas esperanças.
Virá um nó, um laço, inquebrável, forte, poderoso. Virá um caminho que me conduzirá onde eu não quis ir. Um caminho que não fui capaz de percorrer. Era díficil de mais. Em termos iguais nos colocamos então, tu e eu. Porque escolhemos igual ainda é uma pergunta, mas tu escolheste primeiro e condicionaste a tua escolha. O meu destino nunca dependeu de mim. Outros destinos, o mesmo grito de revolta, de dor, que sempre há-de marcar a minha existência. Apetece-me ir dormir. Quem sabe? Talvez o faça.
Ou talvez peça à Deusa uma segunda oportunidade. Ou talvez me enforque na mesma árvore onde nasci. Quem sabe?
Tu já sabes, tu, e eles, eles já sabem, e vêm aí para me vir buscar...

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