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O que sinto por ti não foi construído, foi descoberto. Bloqueado por receio, mas eu conhecia o que lá estava. O medo nunca foi bom conselheiro. Respeito imenso muita coisa. Mas não respeito uma mascára à frente de uma cara em branco. Se não obtinhas o que querias com a vida que levavas, que responsabilidade tenho nisso? Tudo começou com um abraço. Eu gosto de abraçar as pessoas que admiro. Não te admiram assim tanto? Não reconhecem aquilo em que realmente és fantástico? Onde estão as vivências fantásticas, as dinâmicas existenciais? As discussões artísticas? Não tenho direito a ver-te nem a falar-te, aparentemente. Nem a dizer-te que não concordo com as decisões que tomaste nem porque motivos discordo, agora que voltei ao meu centro, apesar de isso me estar a custar fisicamente porque é sempre complicado gerir estas coisas. E fico triste por ti, porque desejei que fosses o mais feliz e bem sucedido possível. Porque desejei coisas boas a toda a gente. E digo mesmo A TODA A GENTE. Porque fiquei em silêncio para me respeitar a mim mesma no meio disto. E respeitar tudo, não só eu. Porque NUNCA e sublinho NUNCA forcei nada nem ninguém. E podia tê-lo feito. Porque até nos derradeiros momentos sugeri que se assim tivesse de ser que diriamos um adeus final e pronto. Se te visse infeliz ao estar comigo, não duvides que o faria. Mas não estavas. Muito pelo contrário. Nem infeliz, nem louco, nem sequer inseguro. Estou a pagar exactamente pelo quê? Talvez mereça, afinal, sou kali, a destruídora. Obriguei-te a apaixonares-te por mim. Obriguei-te. Não. Nunca te pedi nada expressamente nesse aspecto. Reparas-te? Ou mais valia ter pedido? Agora nunca saberei. Peço-te agora a coisa mais simples do mundo e tu negas-me isso. Quem me dera odiar-te. Mas não consigo. Não consigo odiar ninguém. Nem consumir-me em ciúmes. Podes acreditar na força da tua decisão, mas eu não acredito. Por tudo isto que já disse. Serei sempre tua amiga, se assim o quiseres. E a vida contínua para mim sempre, de facto. Já que sou jovem e contraditória. Mas agradecia que não me tratassem como lixo ou como uma criminosa. Porque crime é condicionar alguém que se ama. E eu nunca o fiz. E o facto de ser jovem e contraditória não serve de desculpa para que tudo me possa ser feito. Estou bastante farta dessa postura dos outros para comigo. Não conhecem a minha história e se a conhecem, então não sentiram o que eu senti. Ou achas que o que vivi no passado não moldou a minha forma de lidar com o que se está a passar agora? As pessoas dão sempre desculpas emocionais quando se acham fracas. Eu estou sempre a desculpar emocionalmente as pessoas de quem gosto mais. "Ah ela é assim porque aconteceu isto, ele é assim porque ja viveu aquilo." Fodasse. Eu sou o que sou por aquilo que vivi também! E a mim, ninguém reconhece a dor nem o sofrimento? O caminho que ja trilhei? Porque contínuo a viver intensamente as coisas? Ou será que só vou ganhar reconhecimento quando tiver trinta e tais e me tentar atirar de janelas? A minha é maior que a tua?!!

Já dizia a Hannah Arendt: O pior dos mentirosos é aquele que acredita na sua própria mentira. Torna-se esquizofrénico e perde a noção da realidade.Perde o equílibrio. E esquece-se que mascarar uma realidade e acreditar que a mascara é real, por querer que a realidade fosse diferente, não altera efectivamente a realidade. São apenas pomadinhas e maquilhagem para um fosso que ainda lá está.


Convém que os nossos problemas sejam sempre resolvidos de formas radicais. Porque como sabes, quando o são, são resolvidos desde a raíz, desde a radix.

Dito.

11 comments:

Terra said...

E não seram desculpas? O nosso passado, sem saber o quanto ele nos influencia, tanto no bem como no mal, decisões, formas de pensar, agir, lutar. São só desculpas, nada mais, a vitima muitas vezes passa a "abusador" pelo seu passado, se assim é, é porque gostou do "abuso".
Sobre o que sentes, é bonito dar toda a liberdade de quem gostamos, mas não será mais medo do que sentes? Toma tudo como teu.

outros_destinos said...

Boa dica. :) Vou lembrar-me dela no futuro, para outras oportunidades. É de facto, mas medos que se revelaram fundamentados. Ou então são os outros que não sabem ler em mim, não sei... Que não conhecem as intenções do meu coração. Mesmo que eu as revele.

Terra said...

Dei por mim a pensar sobre revelações, não são mais que pistas, achas que todos conseguem seguir pistas? E como disses-te, es jovem e contraditória. o que é hoje pode já não ser amanha e fico confuso.. Se eu fico "ele" ou qualquer outra pessoa fica, o Homem precisa de certezas, quer saber se amanha estás lá ou já partis-te

Tenho dito :D

outros_destinos said...

Sempre disse que não ia a lado nenhum. E estou disposta a continuar a não ir. Por muito que isso me custe. Eu sei que sou jovem e contraditória. Mas se o que sinto fosse também, não perdia o meu tempo a escrever coisas destas. Não havia de respeitar. Se respeito o que respeito, é porque tenho a noção máxima de que preciso de o fazer :') Como posso eu mostrar o que sinto se tenho as mãos atadas? Sempre tive? Agarra-me sobre um poço e diz-me para eu me largar... E eu fa-lo-ei. Confio e confio porque te a**. Não tenho outras formas de te mostrar...

outros_destinos said...

Estou viva e não vou a lado nenhum. Sou o que não se partiu, o que se encaixa, a oportunidade de repor o que se podia ter perdido. Sou Vida. Em todos os sentidos. Uma âncora à vida em si mesma, é isso que proponho.

Terra said...

Honestamente? pelo que mostras em todo o blog és sem duvida uma daquelas pessoas que embora seja tudo o que um Homem pode desejar, nos faz vender :P assusta bastante

outros_destinos said...

Quem não arrisca não petisca. A vitória pertence aos audazes. Não se pode vender o que já está vendido. E provas não tens do que presumes...

Terra said...

Queria dizer vender a alma, tens toda a razão, prefiro uma mão cheia de nada do que uma mão cheia de não sei o que!

outros_destinos said...

Quero que ardas e que todas as tuas partículas sejam arrastadas para locais diferentes. Quero que os teus ossos sejam queimados e desfeitos em pó. Eu própria hei-de tos queimar. ODEIO-TE. Com todas as minhas forças. Finalmente. Hás-de morrer sozinho e consumido pelos teus erros. Hás-de ter dor física. Hás-de ver os que te são queridos definhar e morrer antes de ti. Hás-de ser um erro de dor. Eterno. Ou o mais duradouro possível. E hei-de ir certificar-me que estás nu no teu funeral. E que nem metade do que devias ter feito fizeste. Aqueles que se prostaram no meu caminho hão-de arder com a minha ira. Que nada se concretize para ti. Aqueles cujos nomes acabei de proferir. Que o corte seja contínuo e PERMANENTE.

Terra said...

"Porque desejei coisas boas a toda a gente. E digo mesmo A TODA A GENTE."
"Quem me dera odiar-te. Mas não consigo. Não consigo odiar ninguém. "

Se odeias prendes-te a quem não queres, sofres, lembras-te, isso não é vigança, é uma prisão.

outros_destinos said...

Caguei

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