"Poesias Caóticas"

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II - Viagem ao Futuro: A importância da fuga

E lá estou no terminal, terminal não é de aeroporto, mas sim onde a liberdade acaba e começam os domínios de algo profundamente mais aterrador. O mestre puxava-me para fora com lúxuria e eu debatia-me, um esforço imenso para me agarrar ao meu corpo, e ele puxava-me, eu sabia que era também mais forte que ele, quantas eram as mãos que me puxavam e as vontades diminuiam face ao acontecimento. Gritava e a Dividenda ignorava-me, começava muito lentamente a rebolar também nos puxões do mestre, transbordava energia, se as plantas crescessem à nossa volta não me admiraria...
EU AINDA MANDO AQUI. Gritei-lhe (à Dividenda), furiosa, já prestes a magoar-me se não fosse capaz de voltar, prestes a rebolar no chão ou a embater contra os objectos que ali estavam, numa tentativa desesperada de permanecer na corporalidade.
Por milagre voltei... Não sei em que pensou ela, mas acho que, como criança aborrecida,entediada... Não posso dizê-lo ou estrago ainda mais a poesia, quem sou eu para me atrever a criticá-la? Estranhos são estes processos, mas ainda assim, que corpo mísero sou eu para criticar a verdade com ilusões? Peço perdão senhora minha, Eu, amo-me, Não somos dois lados mas dois lados unidos, que se entenda assim, porque nos amamos...
E agora fraqueza, fraqueza, durmo, durmo muito para tentar recuperar o esforço que fiz, e penso, antes de rimar,
Que preciso de uma alternativa, preciso de um aprendiz!
Para o ensinar, para viver através dele enquanto me bloquear, talvez isto me traga problemas na coluna, mas serão temporários, voltarei, uma promessa!

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